Novo espaço para se pensar e discutir a dinâmica do mercado e das marcas de luxo, dos produtos e serviços com alto valor agregado e para todos aqueles que se interessam pelos temas do consumo e novas tendências, moda e estilo, design, branding e marketing. O crescimento e a valorização do luxo é uma questão central do consumo contemporâneo e faltam especialistas e espaços para discutir este tema com seriedade.

Saturday, September 02, 2006



Carrinhos de supermercado:
sofisticação e excelente qualidade
com racionalidade



Comer fora, visitar bons restaurantes com frequência, fazer turismo gastronômico pelo Brasil e pelo mundo, prestigiar chefs, os novos restaurantes étnicos da cidade e se tornar um gourmand inveterado. Comer é símbolo de prazer, status e cultura.
Mas se sair para comer fora se tornou um hábito, ficar em casa e curtir a própria companhia, ir a um empório gourmet e escolher o que há de melhor para o jantar a dois, para a família ou para a reunião com os amigos cada vez mais é uma forte tendência nos lares. A classe A e AA também vai aos supermercados.
Boa parte do orçamento das famílias é gasto nos supermercados. Dos alimentos aos produtos de higiene e limpeza da casa, passando pelas bebidas e muitas vezes pelas utilidades domésticas e bens duráveis. Nas gôndolas de alguns supermercados voltados para os públicos de classes A, cada vez mais itens premium e alguns produtos considerados de 'luxo' disputam atenção e preferência com produtos básicos e médios, com preço mais econômico, boas marcas e qualidade reconhecida.
O que se percebe é que nestes mesmos carrinhos de compras da classe A, misturam-se produtos de primeira necessidade e produtos mais sofisticados e até considerados supérfluos pela grande maioria da população. É assim no mundo todo, e cada vez mais os consumidores de classe média e alta pesquisam, comparam marcas e preços e economizam em uma série de itens e gastam mais com outros produtos de sua preferência. Grande parte destes consumidores elegem alguns produtos que fazem parte de sua cesta premium ou de luxo: produtos orgânicos, alimentos light e gourmet, geléias ou queijos importados, bebidas e vinhos mais caros ou temperos finos, por exemplo. Este fenômeno se chama 'trading down' e 'trading up': quando se busca dentro da mesma categoria, respectivamente, itens mais econômicos e com preços mais competitivos ou itens de maior valor agregado e preços superiores.
O que mostra Silverstein em seu novíssimo livro Treasure Hunt, que estou terminando de ler, mostra que as classes A e B americanas pesquisam e comparam preços e marcas na hora das compras.
No Brasil o fenômeno é muito semelhante, seja a dona de casa da classe A, seu marido ou a empregada, pesquisam marcas, mas também conferem promoções e ofertas e preços vantajosos. Muitas marcas têm a mesma qualidade e tradição percebidas e o fator economia e disponibilidade são categorias de real importância hoje.

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