Luxo e Masculinidade:
As Marcas Masculinas
Muita gente já escreveu na história que o luxo efeminizava o homem.
Por outro lado, em vários momentos da história ocidental e em muitas outras culturas o luxo era quase que um priviulégio dos homens. No mundo moderno o luxo começou a ser reconhecido como um atributo essencialmente feminino. As mulheres ganhavam a fama de 'gastadoras' com as ditas futilidades das roupas e jóias, mais preocupadas com a vaidade e a vida do consumo e das veleidades.
O homem sempre teve seus caprichos, luxos e excentricidades também. O universo do luxo masculino parecia muito distinto dos produtos do universo cor de rosa feminino.
O homem burguês valorizava carros, tecnologia, motocicletas e alguns acessórios caros como relógios, canetas e terno sob medida. Mas frente aos inúmeros prazeres materiais e artigos de prestígio feminino não significavam nada. Hoje o homem se liberta deste grilhão e também busca poder na posse e consumo de certos bens de prestígio, deleite e vaidade pessoal e nas veleidades finas e caras, tanto quanto a mulher.
Embora o mundo das roupas e da moda e da conversa da moda parece ser ambiente quase que exclusivo das mulheres, a cor, o brilho, certos materiais e a preocupação narcísica com o look pessoal já pertenceram também ao universo masculino. Até o século XVIII, a roupa do homem ainda era muito coloridas e ornamentadas. Usavam-se rendas e veludos, sedas e bordados nas roupas, chapúes e sapatos. Não dispensavam perucas, jóias e até maquiagem.
Mas o puritano burguês era um homem mais econômico e contido nas aparências. Não se inspirava no guarda roupa da corte e desprezava o ar esnobe e feminilizado dos nobres e dandies. O modelo taylorista era minimalista e funcional, vestia-se de forma simples: roupas escuras e austeras. Não se dispensava o alfaiate e a roupa elegante e sob medida, fraques e casacas, cartolas e sapatos finos dos bons alfaiates e das lojas finas de Carnaby Street na West London. O poder e o prestígio vinham do gosto discreto, da discrição elegante e preferência pelo preto e pelo cinza, como mostra muito bem John Harvey em seu livro 'Men in Black'.
As mulheres usavam trajes mais claros e vivos, cores e brilho, adornos e sedas caras. Herdeiro desta herança burguesa e protestante o homem moderno ainda ousa pouco e respeita a cartilha da moda masculina: cores e tons sóbrios, camisas claras e alguma cor e brilho nas gravatas.
Mas não se abre mão do luxo e das marcas de prestígio nas roupas e acessórios no dia a dia, no lazer e no trabalho.
Camisas sob medida da Charvet ou as clássicas da Gucci ou da Ermenegildo Zegna de ótimos tecidos lindos e sofisticados, as gravatas da Hermés, Louis Vuitton, Giorgio Armani, Versace, e Burberry, os famosos sapatos da Prada, com design inconfundível, matéria prima inigualável e muito conforto, os lindos e clássicos sapatos da Bottega Venetta e os sapatos clássicos de John Lobb e Salvatore Ferragamo e os famosos mocassins Tod's ganham cada vez mais clientes endinheirados que não se importam de pagar até 100 vezes mais por estes produtos. Os relógios Rolex, Tag Heuer, Patek Philippe, Cartier, Panerai e Bédat, mais modernos, estilosos e únicos, fazem sucesso juntos com os perfumes, os óculos de sol, e centenas de outras linhas de produtos assinados pelos estlistas, designers e marcas de luxo internacionais.
Quem disse que o homem contemporâneo não é consumista e vaidoso?
2 Comments:
OLA. AMEI O POST. TEXTO MARAVILHOSO MESMO. UM GRANDE ABRAÇO. DEPOIS DA UMA PASSADA NO MEU BLOG.
2:19 PM
é verdade... hoje em dia os homens sao sim cada vez mais vaidosos... isto porque se estão a aperceber que o estereótipo do "verdadeiro homem" já não é o que cheira mal e não toma banho. Isso é optimo para o mercado, porque para alem de se tornar muito mais lucrativo, a oferta já não é tao monotona é invariavel como era ha uns tempos atras. Falo principalmente a nivel de acessórios para homem.
Um abraço
6:35 AM
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