Novo espaço para se pensar e discutir a dinâmica do mercado e das marcas de luxo, dos produtos e serviços com alto valor agregado e para todos aqueles que se interessam pelos temas do consumo e novas tendências, moda e estilo, design, branding e marketing. O crescimento e a valorização do luxo é uma questão central do consumo contemporâneo e faltam especialistas e espaços para discutir este tema com seriedade.

Saturday, August 26, 2006



Banalizaram o luxo!...
...e agora, qual o futuro e as oportunidades do luxo?



O homem em todos os tempos e culturas sempre foi fascinado pelos signos e significações e simbolismos do luxo. Todas culturas e sociedades conheceram práticas, sentimentos e representações sobre o luxo. O luxo hoje guarda novos sentidos dentro de uma sociedade midiática e hiperconsumista como a nossa. O marketing, a publicidade e o design transformaram o luxo hoje em algo hiperreal. Tudo pode ser transformado em luxo: de uma cadeira simples mas com design assinado a um rolo de papel higiênico perfumado, de uma calça jeans descolada a uma coleira de cachorro com o fecho em ouro. Assim como na arte, tudo se torna objeto de representação e sentido dentro do discurso da estética e da comunicação de marketing da indústria do luxo. Qual o sentido do luxo numa sociedade onde tudo pode ser rotulado de luxo? Você concorda com a posição de certos autores que diz que o luxo se banalizou?
Nem tudo é passível de se tornar luxo.
Não é uma simples intenção do criador ou industrial. A comunicação e o marketing tem um poder messiânico sobre nós, mortais consumidores, mas ele não é onipotente e nem todo poderoso assim. Cria-se muito luxo e prestígio de quinta categoria. Muita coisa inútil e sem classe. Nem tudo é glamour e bom gosto no mundo do prestígio. Muitas marcas, por uma gestão equivocada, por uma política de licenciamento sem controle, pela banalização dos seus produtos e principalmente devido a decadência de sua imagem, hoje são vistas como marcas sem estilo e identidade e associadas com uma imagens de mau gosto e 'breguice'. Muitas marcas e produtos simplesmente não preenchem o mínimo dos requisitos para alçar sua ascensão ao Olimpo. Muitos consumidores e clientes do luxo são criteriosos, críticos e conhecem o savoir-faire, sentem de longe a essência da excelência e refinados o suficiente pra separar a pretenção do verdadeiro bom gosto.
E as marcas que se banalizaram ou perderam sua identidade ao longo dos anos, ou fecham suas portas ou, rapidamente, precisam se reinventar. Ao mesmo tempo muitos setores e segmentos ainda carecem de melhores produtos e serviços. O bom gosto e a sofisticação não têm fronteiras. Há diversos nichos e segmentos diferenciados pouco ou mal explorados e os indivíduaos cada vez procuram por mais conforto, beleza e qualidade para suas vidas e se preocupam com os cuidados e as conveniências pessoais.
Quando falamos de nicho estamos nos referindo a um mercado ou segmento pequeno, ainda em expansão e que oferece oportunidades grandes de crescimenteo uma vez que suas necessidades ainda não foram assistidas. Um nicho é quase sempre um subsegmento que não teve ainda suas necessidades plenamente atendidas pelo mercado. No setor do luxo há diversos novos nichos em formação. Neste admirável mundo do mercado, novas necessidades são continuamente criadas e desejos sempre reativados.

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