Novo espaço para se pensar e discutir a dinâmica do mercado e das marcas de luxo, dos produtos e serviços com alto valor agregado e para todos aqueles que se interessam pelos temas do consumo e novas tendências, moda e estilo, design, branding e marketing. O crescimento e a valorização do luxo é uma questão central do consumo contemporâneo e faltam especialistas e espaços para discutir este tema com seriedade.

Thursday, July 20, 2006


A Primeira Marca de Luxo Asiática

A Shangai Tang é a grande marca chinesa de luxo. Em uma economia que recém entrou no mercado capitalista e conhecida pelos seus produtos de massa, de qualidade duvidável e voltado para os mercados de produtos básicos, uma marca de luxo internacional pode parecer uma contradição, mas não é. O grupo Richemont (donas das grifes Cartier, Mont Blanc, Baume&Mercier, Chloe...), uma das 3 maiores holdings de marcas de luxo do mundo, resolveu apostar neste mercado. Há 25 anos a China não tinha nenhum milionário, hoje eles já passam de 260 mil e previsões mostram que até 2020 a China irá conquistar a liderança mundial no mercado do luxo. Com lojas elegantes em Hong Kong e nas grandes cidades chinesas e lojas da marca na Europa e em Manhattan - NYC, a Shangai Tang investe numa moda chinesa mas que respeite as regras do luxo internacional. Estilo particular, muita qualidade, distribuição e lojas sofisticadas nas grandes cidades, presença na web com um catálogo completo e uma marca registrada: um estilo de vida multicultural e uma proposta diferenciada. O Chic chinês moderno, que segundo Tang, fundador da marca, e Ooi, a jovem diretora de criação e marketing da marca, une o melhor das raízes culturais da China, numa releitura moderna com as regras da cartilha do luxo internacional. O grande problema é que embora não pare de ver seus lucros crescerem na China e boa recepção na Asia, a loja ainda é deficitária em NY e pouco conhecida na Europa.
Haveria ainda uma certa resistência dos mercados ocidentais, particularmente, Europa e EUA, e até mesmo das elites dos países emergentes com as marcas de luxo de seu páis ou dos países do Oriente ou da América Latina? Quais seriam as razões? Preconceitos, falta de tradição ou incapacidade de compreender os clientes do alto luxo internacional?

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