Novo espaço para se pensar e discutir a dinâmica do mercado e das marcas de luxo, dos produtos e serviços com alto valor agregado e para todos aqueles que se interessam pelos temas do consumo e novas tendências, moda e estilo, design, branding e marketing. O crescimento e a valorização do luxo é uma questão central do consumo contemporâneo e faltam especialistas e espaços para discutir este tema com seriedade.

Thursday, July 20, 2006




Do Starbucks aos Cafés-Boutiques

Um café é, em tese, um estabelecimento comercial dedicado a apreciação e degustação do café. No Ocidente o hábito de tomar café foi introduzido no século XVII pelos mercadores principalemente em Veneza, que abriu um dos primeiros cafés por volta de 1680. No século XVIII a bebida de popularizou, mas beber café era simbolicamente um hábito burguês e era considerada uma bebida de prestígio, embora já fosse vendida por mascates nas ruas de algumas grandes cidades. Os Cafés se tornaram no século XIX ponto de encontro citadino: filósofos, artistas e literatos sentavam para degustar a bebida enquanto discutiam cultura e arte. Um ar de sofisticação cult e bom gosto permeava as mesas destes cafés de esquina. Hoje eles se popularizaram, mas ainda achamos os velhos cafés centenários com seu estilo original e fachadas tradicionais, mas sua concepção se diversificou muito. Em cidades como Viena, Buenos Aires, Paris, Londres, mas também Miami, Melbourne, S. Paulo, os cafés já são parte do patrimônio cultural da cidade. Ali não se vai para tomar café, isso é apenas uma desculpa para o sentido destes pontos de encontro. Busca-se entretenimento, sociabilidade, slowlife (um estilo de vida mais tranquilo, uma degustação e um ócio criativo, um bate papo ou uma leitura de jornal ou revista, tempo para ler um livro, receber e mandar emails, contemplar o cotidiano). Muitos vão para ver e serem vistos, fazer networking ou namorar. Os cafés estão na moda. São o avesso dos fastfoods e da mcdonalização do estilo urbano de viver. Ali se encontram ainda intelectuais e artistas, mas também publicitários, gente da moda e do design, um pessoal mais hype, freaky, cool & cult como se diz neste meio. Visando atender estes públicos diversos, mas em geral sofisticados culturalmente, surgem cafés mais conceituais e de categoria superior.
Os Cafés são parte integrante da malha gastrônomica e cultural urbana. Ali é um espaço tradicionalemente muntifuncional. E foi pensando nisso, neste ethos ddas cafeterias e coffeehouses do passado que redes com Starbucks ou Coffee Store na Argentina, Juan Valdez na Colombia e tantas outras resolveram investir em diferentes atividades se desenvolvendo paralelas a apreciação apaixonada dos cafés. Não apenas a bebida café se tornou um item de excelência na sua qualidade, na sua diversidade de procedências, produção e preparo como na maneira como se faz ser percebido, servido e experimentado. Em alguns estabelecimentos apreciar café envolve os 5 sentidos. Na identidade visual do espaço projetado, no aroma, nas cores, no tato com as sementes e a matéria prima, na escolha de uma música adequada ao ambiente e circunstância. Tudo pensado para que o beber o café se torne uma experiência sensorial completa. Os Cafés sofisticados transformaram a arquitetura e as soluções decorativas. Fachadas e interiores nos mais diversos estilos. Do neo-clássico ao vanguardismo, o que dita a moda é o ecletismo estético e o estilo 'mestizo'. Dos descolados e jovens Starbucks aos mais tradicionais. De um Café-boutique a um Café-conceitual, de um Café-galeria a um Café-jornal. Viena talvez concentre os amis belos projetos de design (vide PalmenHaus Café), Bs Aires tem antigos e charmosos Cafés como Paris, mas atambém assina projetos de vanguarda como so da rede Coffee Store em Palermo e Puerto Madero. O arquiteto designer Frank Gehry assina o Condé Nast em NY enquanto os Cafés ManRay em Paris e Yellow River de Londres ditam moda e se tornam locais de turismo e diversão sofisticada.
E quais cafés você visitou e são dignos de menção?

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