Novo espaço para se pensar e discutir a dinâmica do mercado e das marcas de luxo, dos produtos e serviços com alto valor agregado e para todos aqueles que se interessam pelos temas do consumo e novas tendências, moda e estilo, design, branding e marketing. O crescimento e a valorização do luxo é uma questão central do consumo contemporâneo e faltam especialistas e espaços para discutir este tema com seriedade.

Thursday, July 20, 2006


As Grandes Marcas do Personal Care de Luxo

Uma crescente maioria dos grandes nomes e marcas de luxo já guardam sobre o guarda chuva de sua tradição linhas de perfumes, cosméticos e maquiagem, assim como grandes indústrias fortes no setor da limpeza doméstica e pessoal investem na área de 'beauty & personal care', como as gigantes P&G e a Unilever. Gastam-se bilhões investindo nestas divisões de beleza. A P&G adquiriu recentemente a Wella, a Clairol e a Gillete e investe na produção de novos produtos premium, da mesma forma a Unilever com as marcas milionárias da Dove e Sunsilk competem por este mercado. Mujitas marcas inovadoras e com um segmento bem delineado no mercado foram compradas por outras gigantes do ramo. Caso da Body Shop inglesa não mãos da LÓreal e o grupo LVMH adquirindo marcas mais 'cool & fashion' de beleza como Hard Candy e investindo no varejo de luxo da perfumaria com a compra da rede Sephora e a Estée Lauder se tornando proprietária da famosa marca MAC e outras. Calcula-se que 3/4 deste mercado mundial de produtos de beleza estejam nas mãos de 8 grandes marcas.
E pensar que esta indústria nascia das mãos de alguns homens e mulheres como Eugène Schueller, dono de uma pequena fábrica de tinturas para cabelo, com seu inovador Aureóle. Este químico, conquistou os cabeleireiros franceses na década de 10. Daí nasceu a L´Oreal, hoje líder mundial no setor e na mesma época surgindo das mãos de outro farmaceutico em Hamburgo, a Nívea, hoje maior grupo independente e marca líder mundial em personal care, disputada por P&G, Unilever e L´Oreal. Na Alemanha os cremes Nívea e do outro lado do mundo no Japão, surgia outra gigante, a Shiseido na mesma época. Nos EUA 2 mulheres abriam seus salões de beleza e disputavam o mercado: Elizabeth Arden e a imigrante polonesa Helena Rubinstein. Cremes faciais e maquiagem aliados a dietas e exercícios físicos. Depois veio a Max Factor que produzia para as atrizes do cinema. Marcas depois compradas pelas gigantes Revlon e Estée Lauder. Segredo do sucesso: promessa de beleza, o cinema e as revistas de moda.

"Because I´m Worth It" slogan da L´Oreal que sintetiza a valorização da auto-graticação e do narcisismo contemporâneo. De homens e mulheres em todos extratos de renda e classe.

A Indústria da beleza gasta em média 20% de seus lucros com pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e fórmulas mágicas. Os gastos com ciência e tecnologia das indústrias farmacêuticas é bem superior, da ordem de 15%. Mas algumas marcas da beleza e do personal care já gastam em média 30% do seu orçamento anual em publicidade, caso da ´L´Oreal e da Estée Lauder e da nova vedete John Frieda, marca japonesa de produtos 'premium' e 'de luxe'. Marcas como Unilever, e a própria marca Revlon, quase a beira do precípicio, perdem mercado e a disputa é acirrada. Por enquanto o marketing estratégico, muita publicidade e novos lançamentos e inovações têm sido o segredo do sucesso.
As vendas no varejo de massa ainda representam 2/3 do volume de vendas, mas parte da rentabilidade e dos lucros de algumas marcas parecem vir cada vez mais de produtos mais caros - parte deles são os cosmacêuticos - com mais tecnologia e de produção em menor escala e distribuídos no varejo mais segmentado e nas lojas de departamento de luxo das grandes cidades.

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